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24/11/2024
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Foto: divulgação

A pesquisa recentemente divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London revela uma mudança nas condições físicas das crianças do Brasil. Com dados coletados entre 2001 e 2014, observou-se não apenas um aumento na altura média infantil em cerca de 1 centímetro, mas também um preocupante crescimento nos casos de sobrepeso e obesidade. Estes resultados foram publicados na revista *The Lancet Regional Health – America*.

A análise, que considerou mais de 5 milhões de crianças, destaca que, apesar do progresso em termos de crescimento físico, o país enfrenta desafios significativos relacionados ao aumento da obesidade infantil. Esse cenário põe em risco o objetivo global estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de interromper a escalada da obesidade até 2030. Carolina Vieira, pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder do estudo, alerta para as sérias implicações da obesidade infantil, incluindo o risco elevado de doenças crônicas não transmissíveis ao longo da vida.

Dada a complexidade do cenário, a pesquisa se aprofundou na análise longitudinal das variações de Índice de Massa Corporal (IMC) e altura, considerando a diversidade de gênero, entre crianças nascidas nos intervalos de 2001 a 2007 e de 2008 a 2014. Os resultados evidenciam um acréscimo de 3,2% na prevalência de excesso de peso entre os meninos e de 2,7% entre as meninas com idades entre 5 e 10 anos. Da mesma forma, as taxas de obesidade apresentaram aumentos de 2,7% entre os meninos e de 2,1% entre as meninas, quando comparando os dois grupos por faixa etária.

Além disso, o estudo ainda notou uma elevação de aproximadamente 1 centímetro na média de altura para ambos os sexos, indicativo de melhorias nas condições de vida e saúde, conforme aponta Carolina Vieira. Este crescimento está associado a diversos benefícios de saúde, porém também reflete avanços socioeconômicos, como maior escolaridade materna e maior urbanização.

Entretanto, o Brasil não só lida com a obesidade infantil, mas também com a desnutrição, enfrentando um cenário de dupla carga nutricional. Segundo um estudo do Instituto Fome Zero, cerca de 20 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar grave no último quadrimestre do ano passado.

Portanto, esta pesquisa enfatiza a necessidade de medidas eficazes e coordenadas para combater tanto a obesidade quanto a desnutrição, visando proteger a saúde pública e as futuras gerações do país. Como salienta Carolina Vieira, é fundamental que atenção seja dada a ambos os extremos do espectro nutricional, reconhecendo a coexistência da desnutrição e da obesidade entre as crianças brasileiras.

Fonte: https://folhadesorocaba.com.br/de-volta-sorocaba-reinaugura-unidade-do-sabe-tudo-conect-apos-anos-de-inatividade/

redacao

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