A cidade do Rio de Janeiro torna-se o epicentro de discussões globais fundamentais, acolhendo a partir desta quarta-feira (24) uma reunião de relevância internacional dos Ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20. Este encontro marca o terceiro debate da trilha financeira sob a presidência brasileira do grupo, que congrega as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana. Ao longo do evento, que segue até sexta-feira (26), destaca-se a inovadora proposta do Brasil em implementar a taxação dos super-ricos, além de abordarem estratégias para atenuar os impactos das mudanças climáticas.
De forma inédita, a proposta de taxação dos super-ricos foi apresentada em São Paulo, em fevereiro, evocando debates e reuniões subsequentes, como a realizada em abril, em Washington, durante a conferência anual de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI). Além das questões financeiras, o encontro se propõe a analisar caminhos para um modelo de Estado que favoreça o desenvolvimento sustentável e a justiça social, tema de uma série de eventos paralelos já iniciados na sede do BNDES, que também ocorrem no Rio de Janeiro.
Complementando a agenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a apresentação preliminar da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no Galpão da Cidadania, local destacado pelo seu histórico de lutas sociais e fundado pelo renomado sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Esta iniciativa, um marco prioritário sob a liderança brasileira no G20, busca angariar apoio internacional para fortalecer a luta contra as desigualdades globais.
No que se refere à programação detalhada, o destaque do dia fica por conta do encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que debaterão sobre importantes temas como a economia global, a taxação dos super-ricos e a crise climática. Adicionalmente, serão realizadas diversas reuniões abrangendo temas como cooperação internacional, financiamento do desenvolvimento sustentável e reforma dos bancos multilaterais.
Concluindo a série de eventos, o último dia será marcado por discussões cruciais sobre o financiamento de mecanismos de desenvolvimento sustentável e o enfrentamento às mudanças climáticas, culminando com uma conferência de imprensa que consolidará os resultados e perspectivas futuras dessa reunião do G20.
É importante salientar que essas negociações visam não apenas dar ouvidos às diferentes perspectivas sobre a taxação dos mais afortunados mas também visam formular um consenso que possa ser abraçado internacionalmente, com países como França, Espanha e Colômbia já mostrando seu apoio. Este encontro no Brasil evidencia, portanto, uma oportunidade de moldar decisões estratégicas que poderão beneficiar a economia mundial e promover justiça social e ambiental em âmbito global.
*Baseado em informações da Agência Brasil.
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