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21/11/2024
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Queimadas atingem municípios ao longo da AM-070. — Foto: Karla Mendes/Rede Amazônica

O Amazonas enfrenta a pior situação de queimadas em outubro dos últimos 25 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa análise considera o monitoramento iniciado em 1998 pelo órgão.

Desde setembro, o estado decretou emergência ambiental devido ao aumento significativo das queimadas. Nos meses de setembro e outubro juntos, o estado já registrou mais de 9 mil focos de incêndio.

Para ser mais específico, até a quarta-feira (11), o Amazonas já contabilizava 2.704 focos de calor apenas no mês de outubro. Esse número pode dobrar se o ritmo atual de incêndios persistir. A situação é extremamente preocupante, exigindo ação imediata para conter os danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Amazonas está em emergência ambiental por conta de queimadas. — Foto: William Duarte/Rede Amazônica

O Amazonas está enfrentando um cenário alarmante de queimadas em 2023. Até então, o recorde de queimadas em outubro era de 2009, com 2.409 registros. Nos últimos 25 anos, o número de focos de calor variou entre 82 e 2 mil durante o mês.

Apesar de outubro deste ano já ter ultrapassado esse recorde, setembro ainda se destaca como o mês com o maior número de focos de calor no Amazonas em 2023, com quase 7 mil registros. No total acumulado do ano, o estado já contabilizou mais de 17,5 mil queimadas.

É alarmante notar que dos 10 municípios que mais contribuem para as queimadas na Amazônia Legal durante o mês de outubro, metade deles estão localizados no Amazonas. Lábrea lidera o ranking com 344 focos de calor, seguida por Boca do Acre, que registrou 267 queimadas. A situação demanda uma ação urgente para proteger a região e suas comunidades da devastação causada pelo fogo.

Fumaça de queimadas encobre o Amazonas. — Foto: Reprodução/Inpe

Além dos municípios já mencionados, outros também estão na lista alarmante de queimadas no Amazonas. Novo Aripuanã registrou 249 queimadas, enquanto Autazes contabilizou 236. Apuí também está no monitoramento, ocupando o sétimo lugar com 162 incêndios. Todos esses municípios estão localizados no Sul do estado, uma região conhecida como “arco do fogo”, devido à presença significativa da agropecuária. A situação destaca a urgência de medidas eficazes para conter o avanço dos incêndios e preservar a biodiversidade única da Amazônia.

Manaus Afogada em Fumaça

Fumaça de queimadas encobre Ponte Rio Negro, em Manaus — Foto: William Duarte/Rede Amazônica

 

Desde a quarta-feira (11), Manaus está envolta em uma densa “onda de fumaça” proveniente das queimadas que têm ocorrido nos municípios de Autazes e Careiro, conforme relatado pelo Ibama. A situação se agravou a ponto de levar universidades da capital a suspenderem suas atividades presenciais.

O superintendente do órgão no Amazonas, Joel Araújo, afirmou que o fenômeno é resultado das ações de agropecuaristas locais. Ele também informou que brigadistas estão trabalhando incansavelmente para tentar conter as chamas:

“O Ibama tem 45 brigadistas atuando em um grande incêndio ambiental, o maior da região, no município do Careiro, na tentativa de diminuir essa fumaça, que está sendo carregada de lá para a cidade de Manaus”, disse o superintendente.

Fumaça de queimadas encobre Manaus — Foto: William Duarte/Rede Amazônica

A Prefeitura de Manaus rejeitou a possibilidade de que a fumaça tenha se originado de incêndios na própria capital. No entanto, devido ao fenômeno, a World Air Quality Index, uma plataforma que monitora os níveis de poluição do ar globalmente, classificou Manaus entre as piores cidades do mundo em termos de poluição do ar, devido ao alto nível de fumaça presente na atmosfera. A situação alerta para a urgência de medidas eficazes para controlar as queimadas e proteger a saúde da população local.

Governo Federal Envía Força Nacional em Resposta às Queimadas em Manaus

Queimadas se intensificam no Sul do Amazonas. — Foto: Alexandro Pereira/Rede Amazônica

 

Na terça-feira (10), o Ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso de agentes da Força Nacional em municípios do Sul do Amazonas para combater as queimadas ilegais. Os agentes da Força Nacional serão destacados para atuar nos municípios de Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré.

De acordo com Dino, esses agentes estarão envolvidos “nas ações de combate aos incêndios florestais e às queimadas, em atividades de defesa civil voltadas para a proteção do meio ambiente, bem como nos serviços essenciais à preservação da ordem pública e à segurança das pessoas e do patrimônio, até o dia 30 de novembro de 2023”.

A portaria, entretanto, não especifica o número exato de homens que serão enviados para essas operações: “O contingente a ser disponibilizado será determinado conforme o planejamento estabelecido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, que está sob a responsabilidade da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública”, explicou o ministro. A medida visa reforçar os esforços no combate às queimadas ilegais na região.

redacao

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