Nível de água no Rio Negro atingiu o ponto mais baixo em pelo menos 121 anos na segunda-feira (16) Jorge Duenes/ReutersSamsung antecipa férias coletivas na fábrica de Manaus devido à seca recorde no Amazonas
A Samsung, gigante da tecnologia, anunciou hoje que antecipará suas férias coletivas de fim de ano na fábrica de Manaus. A decisão foi tomada devido à seca recorde que atinge o Estado do Amazonas, dificultando a chegada de insumos para produção.
A antecipação das férias está programada para ocorrer entre os dias 30 de outubro e 14 de novembro, impactando aproximadamente 1.500 trabalhadores da empresa sul-coreana.
O Rio Negro, importante via de transporte para a região, atingiu o seu nível mais baixo em pelo menos 121 anos. O porto de Manaus registrou uma marca de 13,59 metros de água, a menor desde que os registros começaram a ser feitos em 1902, superando o recorde anterior estabelecido em 2010.
Diante deste cenário, a Samsung espera que, com o aumento do nível do rio até o final do ano, os insumos necessários para a produção sejam novamente disponibilizados e os funcionários possam retomar as atividades de produção normalmente. O vice-presidente da fábrica em Manaus, Woo Yong Lee, enfatizou a expectativa de normalização da situação.
A Samsung afirmou ter se preparado com antecedência para enfrentar essa situação e está operando de forma flexível para minimizar o impacto causado pela falta de insumos. A fábrica de Manaus é responsável pela produção de uma variedade de eletrônicos, desde tablets e smartphones até televisores e aparelhos de ar-condicionado.
Apesar do ocorrido, a empresa sul-coreana não prevê transferir a produção para sua fábrica em Campinas, no estado de São Paulo. Ainda não foi divulgado o número exato de funcionários da fábrica em Manaus, mas de acordo com o site oficial da Samsung, em 2022, os polos de produção em São Paulo e no Amazonas empregavam mais de 10 mil pessoas.
A situação deve ser acompanhada de perto, uma vez que o impacto da seca recorde pode se estender para outras indústrias na região amazônica, afetando ainda mais a economia local.
