Ex-mulher do PCC lucrou R$ 35 milhões e exibiu estilo de vida luxuoso após falecimento do esposo
redacao 25/03/2024 0 COMMENTSFoto: divulgação
No Brasil, segundo afirmações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como Japa, aos 37 anos, esteve envolvida na movimentação de 35 milhões de reais após o falecimento de seu esposo, Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro, ex-cabeça do Primeiro Comando da Capital (PCC), morto em 2018. A suposta herdeira do patrimônio oculto do marido e suspeita de liderar um esquema de branqueamento de capitais em cidades litorâneas e na capital paulista, leva uma vida marcada por viagens ao exterior, a qual ela insiste ser fruto de seu trabalho como empresária de sucesso.
Em uma reviravolta, no dia 8 de fevereiro, Karen foi presa preventivamente em sua residência, um apartamento no luxuoso bairro Jardim Anália Franco, em São Paulo, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Surpreendentemente, duas semanas após sua prisão, a justiça a autorizou a cumprir a detenção em regime domiciliar, monitorada eletronicamente.
Durante a incursão policial em sua residência, foram descobertos notáveis volumes de dinheiro, incluindo duas malas repletas de dinheiro, totalizando aproximadamente 1.039.600 reais em espécie, além de aproximadamente 50 mil dólares (ou perto de 250 mil reais). Os agentes também se apropriaram de documentos relevantes, um iPhone 14 e um veículo Audi Q3, que estava estacionado no prédio e registrado em nome de uma tia de Karen.
Além disso, as autoridades realizaram buscas em outra propriedade de luxo associada a Karen na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, destacando-se por suas amenidades como uma piscina e churrasqueira. Apesar das acusações, Karen defendeu sua inocência, alegando ser uma empresária bem-sucedida, acostumada a realizar inúmeras viagens internacionais por ano, tendo como destinos preferidos lugares como Cancún, os Estados Unidos e a Argentina.
Outro local investigado pelas autoridades foi a empresa KK Participações, estabelecida por Karen e seu irmão, situada na Vila Nova Conceição, São Paulo. O MPSP suspeita que a organização foi criada logo após o assassinato de Cabelo Duro, com a intenção de camuflar os lucros ilícitos.
Diante da Justiça paulista, o MPSP apresentou alegações de que Karen assumiu a administração dos ativos de Cabelo Duro, além de abrir sua empresa para disfarçar a origem dos fundos. Acredita-se que ela também tenha oferecido serviços a outros membros do PCC, movimentando, junto com seu irmão, cerca de 35 milhões de reais após a fundação da KK Participações. O pai de Karen também é apontado como possível cúmplice do esquema.
Em contraparte, durante seu interrogatório, a Japa do PCC refutou as acusações de que seu patrimônio veio de atividades criminosas. Ela insistiu que nunca recebeu dinheiro do marido e frisou que ele faleceu sem deixar bens ou dinheiro. Karen, que tem formação em enfermagem, argumentou que acumulou capital entre 2008 e 2015 para investir em seus próprios negócios no setor de estética. Ela alega ter prosperado por inaugurar, gerir com sucesso e posteriormente vender diversas empresas para terceiros. A grande soma encontrada em sua residência seria, segundo ela, não depositada em bancos por receio de ser associada ao crime organizado, enquanto o registro do Audi Q3 em nome da tia seria uma medida para evitar pontos em sua licença de condução.
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