Exclusivo: Secretário de Planejamento e Gestão da Abin é exonerado após investigação de grampos ilegais
Na última terça-feira, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tomou uma decisão drástica ao exonerar o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Maurício Fortunato. A medida foi tomada após uma investigação da Polícia Federal, que revelou seu envolvimento em grampos ilegais.
Mas a situação não para por aí. Além de Fortunato, outros dois diretores da Agência também foram exonerados. A Polícia Federal está investigando não apenas o caso dos grampos ilegais, mas também o monitoramento indevido de jornalistas, advogados, políticos e até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal.
Com a exoneração, os diretores retornarão aos seus cargos de carreira, porém sem a possibilidade de exercerem funções de chefia. Além disso, terão que responder a processos administrativos para esclarecer sua participação nas atividades ilegais.
De acordo com informações obtidas, entre os anos de 2018 e 2020 foram realizados cerca de 30 mil monitoramentos. Entretanto, a Polícia Federal revelou que os dados foram apagados, possivelmente numa tentativa de atrasar as investigações. Até o momento, apenas 1.800 casos puderam ser identificados.
Um ponto intrigante em toda essa história é a origem da tecnologia utilizada pela Abin. Trata-se do FirstMile, um sistema de origem israelense que era empregado para espionar, sem autorização legal, ministros do STF e possíveis adversários do governo do presidente Jair Bolsonaro.
O caso está gerando grande repercussão no país, levantando questionamentos sobre a ética e legalidade das atividades da Abin. É de extrema importância acompanhar de perto os desdobramentos dessa investigação para garantir a transparência e a integridade das nossas instituições.
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