Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) crescem em território nacional
redacao 08/03/2024 0 COMMENTSFoto: divulgação
No Brasil, observa-se um incremento significativo no número de casos semanais reportados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), conforme indica o recente boletim Infogripe, liberado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta última quinta-feira. Constatou-se que esse crescimento ocorre de maneira uniforme pelo país, ainda que existam particularidades relacionadas aos tipos de vírus respiratórios dominantes em cada região. Particularmente, o vírus da covid-19 é mais prevalente no Centro-Sul, enquanto existem manifestações concomitantes de covid-19 e influenza (vírus da gripe) no Sudeste e Sul. As regiões Nordeste e Norte, por sua vez, estão presenciando uma elevação nos casos de influenza, sobretudo na faixa etária adulta.
Além disso, destaca-se a presença reemergente do vírus sincicial respiratório (VSR) em diversos estados, afetando principalmente infantes e idosos. Esta informação decorre de uma análise que tomou por base os dados coletados até o dia 4 de março, relacionados à Semana Epidemiológica 9, que compreende de 25 de fevereiro a 2 de março.
Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, chama atenção para o notable incremento casos do VSR, ressaltando seus efeitos mais severos em crianças de até 2 anos e idosos, que apresentam um risco mais alto de mortalidade devido a este vírus. Ele lança luz sobre a necessidade de vigilância redobrada ante este quadro, apontando o período de retorno às aulas como um potencial propagador do VSR. Diante deste cenário, a cautela se faz necessária.
Focando nas estratégias para combatê-los, tanto em cenários de covid-19 quanto de gripe, Gomes sublinha a vacinação como medida essencial. Ademais, recorda a eficácia das boas práticas de proteção individual, como o uso de máscaras de alta qualidade (N95 e PFF2), que reduzem as chances de contágio por vírus respiratórios, particularmente em unidades de saúde atualmente sobrecarregadas.
A orientação direcionada àqueles que apresentam sintomas semelhantes aos do resfriado, especialmente indivíduos em grupos de risco, é de procurarem assistência médica para um tratamento apropriado a tempo.
Ao observar o padrão das últimas oito semanas, a incidência e a mortalidade por SRAG mostram-se consistentemente mais impactantes entre infantes e idosos. Gomes potencializa essa percepção ao destacar que, além do SARS-CoV-2, outros vírus têm sido notáveis na incidência de SRAG, especificamente entre infantes, como o VSR e rinovírus, ao passo que a mortalidade se mantém elevada entre os idosos, majoritariamente devido à covid-19.
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