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10/01/2025
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Foto: divulgação

A Polícia Federal (PF) determinou a suspensão do delegado Alexandre Saraiva, que antes comandava a superintendência regional do Amazonas, por 31 dias. A medida foi justificada pela alegação de que Saraiva teria atacado a figura do então diretor-geral, Paulo Maiurino, de forma desleal, comprometendo a imagem da instituição. Conforme apontado pela Corregedoria da PF, em 2021, Saraiva teria feito sérias acusações contra Maiurino, lançando uma série de críticas e questionando a administração integralmente.

Saraiva, por outro lado, optou por não expressar sua opinião sobre o ocorrido. Fontes revelaram ao Estadão que se espera que sua defesa apresente um recurso. Nas suas defesas inseridas no procedimento disciplinar, acessadas pela equipe do Estadão, o delegado disse sentir-se como se estivesse sendo censurado e argumentou que a verdadeira intenção era “silenciar o mensageiro”.

A denúncia feita por Saraiva ao Supremo Tribunal Federal, envolvendo o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles em supostas irregularidades, foi um dos episódios em destaque durante sua gestão. Essa e outras condutas foram consideradas infrações disciplinares e violações do dever funcional.

Na origem do processo administrativo disciplinar, quem estava no poder era o governo Bolsonaro. As razões para a sanção, detalhadas no Boletim de Serviços da PF, focam na ação de Saraiva ao protocolar uma queixa contra Maiurino diretamente na Corregedoria, proposta essa feita à parte de seus superiores, indo contra os princípios que regem a instituição.

Adicionalmente, Saraiva foi responsabilizado por seus comentários e entrevistas a respeito de sua demissão, além das críticas emitidas contra o ex-diretor-geral, incluindo menções a viagens pessoais de Maiurino e a aquisição de imóveis. Tais declarações também geraram debates jurídicos, mas uma corte no Distrito Federal decidiu a favor de Saraiva, recusando condená-lo por difamação.

Durante sua argumentação final, Saraiva questionou o encaminhamento do processo na Corregedoria Geral em vez da Corregedoria Regional no Rio de Janeiro, trazendo à comparação o caso que beneficiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizando sentir-se vítima de perseguição politizada, também conhecida como “lawfare”.

Ele ousadamente critica a investigação da PF, enfatizando o desgaste sofrido pela instituição sob um governo repleto de escândalos, questionando a justiça da atribuição de culpa quanto aos danos à reputação da PF. Este argumento, como detalhado no Estadão, faz parte do conjunto defensivo levado à Corregedoria.

Fonte: https://18horas.com.br/brasil/corregedoria-da-policia-federal-suspende-por-deslealdade-ex-superintendente-no-amazonas-que-criticou-ex-diretor-geral-da-instituicao/

Redação 2

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