Crescimento Desordenado em Manaus Reflete Falta de Planejamento, Afirma Roberto Cidade
Redação 2 10/11/2024 0 COMMENTS
Os dados revelados nesta sexta-feira (8/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sustentam a defesa contínua do deputado estadual Roberto Cidade (UB), que preside a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Desde o início de sua trajetória parlamentar, ele argumenta que o crescimento urbano deve ser cuidadosamente planejado. Sem isso, os problemas relacionados à falta de habitação e suas consequências tendem a se agravar, impactando negativamente a população.
A ausência de saneamento básico, infraestrutura inadequada e moradias de qualidade acaba forçando a população a viver em condições subnormais, o que compromete a qualidade de vida e o progresso das cidades. Conforme apontado pelos dados do Censo de 2022, dentre as 392 favelas ou comunidades urbanas identificadas no Amazonas, 236 estão em Manaus, com 1.151.828 habitantes. Isso significa que em 2022, a maioria dos manauaras (55,81%) residia em favelas.
O deputado Roberto Cidade afirmou: “Sem planejamento, as políticas públicas não chegam a quem mais necessita, resultando no que vemos no Censo. A favela, por sua própria natureza, carece de infraestrutura adequada. Com uma quantidade significativa de pessoas vivendo nessas condições, os problemas de saúde, educação, segurança e cidadania aumentam. É essencial implementar políticas públicas eficazes, algo que só será viável com um planejamento apropriado.”
Conforme o Censo de 2022, das 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas do Brasil, oito estão na região Norte, incluindo seis em Manaus. Outras sete estão no Sudeste, quatro no Nordeste e uma (Sol Nascente) no Centro-Oeste. A região Sul não tem nenhuma favela entre as 20 mais populosas do país.
Entre as 12.348 favelas e comunidades urbanas do país, a maior é a Rocinha (RJ), com 72.021 moradores, seguida por Sol Nascente (DF) com 70.908 habitantes; Paraisópolis (SP) com 58.527 pessoas, e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento (AM) com 55.821 moradores.
Belém e Manaus destacam-se como as únicas capitais do Brasil onde mais da metade da população vive em favelas. Em Belém, que será a anfitriã da COP 30 em 2025 – a Conferência do Clima das Nações Unidas – 57,2% da população reside em comunidades, enquanto em Manaus esse índice é de 55,8%.
O Mapa da Desigualdade entre as Capitais, publicado em 26 de março de 2024, indica que Manaus é a segunda capital brasileira mais marcada pela presença de favelas. Segundo a primeira análise do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), números de 2019 colocam as capitais do Pará e do Amazonas como as únicas duas no país onde mais de metade das moradias estão em favelas, com 55,49% em Belém e 53,38% em Manaus. A mesma pesquisa revela que essas duas cidades têm os piores resultados em saúde e saneamento básico.
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