Em grave situação de precariedade, UPA de Itacoatiara é alvo de investigação pelo MPAM
Redação 2 27/08/2024 0 COMMENTS
Os problemas enfrentados pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Itacoatiara, no Amazonas, chamaram a atenção da 3ª Promotoria de Justiça do município durante uma visita institucional. A vistoria revelou uma série de falhas graves, que resultaram em uma notícia de fato endereçada às secretarias municipal e estadual de Saúde. Dentre as irregularidades estão a ausência de ambulância, um gerador de energia defeituoso, equipamentos como aparelho de raio-X e microscópio com avarias, e colchões em péssimo estado.
A estrutura da sala de emergência também foi criticada por sua deficiência, com problemas na recepção e nos banheiros. A falta de um sistema de segurança adequado e de estruturas de acessibilidade completa o quadro de preocupações levantadas pelo promotor de Justiça Vinícius Ribeiro de Souza, autor do documento que busca a sanção e resolução dessas irregularidades.
“As secretarias de saúde serão oficiadas para que apresentem informações a respeito dos problemas encontrados na UPA e quais medidas serão adotadas para a solução, em vista da urgência das demandas. É importante lembrar, inclusive, que houve vultoso investimento público para a construção e inauguração dessa unidade de saúde, não sendo correto que a falta de manutenção ocasione uma interrupção desse serviço à população e até mesmo o desperdício do erário público”, disse o promotor.
Um dos principais problemas identificados foi a inexistência de qualquer ambulância disponível para a unidade. O gerador de energia, essencial para o funcionamento ininterrupto dos serviços, está inoperante, deixando a UPA vulnerável a oscilações no fornecimento elétrico. Outro equipamento crucial, o ventilador mecânico, também estava com defeito e sem previsão de reparo. Além disso, o microscópio do laboratório precisava de uma lente nova.
Os colchões encontrados na vistoria estavam fortemente desgastados. A máquina de raio-X estava inoperante devido a falhas técnicas, enquanto na sala de emergência e recepção foi verificada a ausência de ar-condicionado e defeitos nos aparelhos. Os banheiros apresentavam falta de assentos e alguns estavam completamente interditados.
A UPA também carece de um sistema de câmeras de segurança e conta com um número insuficiente de vigias, o que aumenta a vulnerabilidade do local. Problemas de acessibilidade, como a falta de rampas tanto na entrada quanto no acesso interno, foram apontados como outro problema grave pela promotoria.
As informações foram fornecidas pela Assessoria.
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