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22/11/2024
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Um estudante de enfermagem, identificado como Carlos Venicios Lima Santos, de 21 anos, foi covardemente agredido e ameaçado com uma arma branca por pessoas desconhecidas ao ser confundido com um assaltante. O caso ocorreu na noite da última sexta-feira (25), em uma banca de comida, localizada na rua Raimundo Nonato de Castro, bairro Santo Agostinho, zona Oeste de Manaus.

De acordo com o relato feito pelo tio da vítima, o médico Marcelo Santana, em suas redes sociais, o sobrinho carregava uma mochila cheia de livros quando resolveu parar para comer antes de ir para casa ele, que fica no condomínio Reserva Inglesa. Foi neste momento que ao abrir a bolsa, ele foi confundido com um assaltante por um dos funcionários do local, mesmo sem fazer nenhum tipo de menção relacionado a roubo.

Após ser acusado de ser assaltante, o estudante começou a ser agredido por desconhecidos até ser “salvo” por uma mototaxista que passava pelo local e viu toda aquela cena de violência. “Meu sobrinho tem família! Esse crime não vai ficar impune! Vamos até o fim”, disse o tio da vítima na publicação, relacionando o crime ao racismo.

Os funcionários do lanche disseram que realmente tinham confundido o rapaz com um assaltante, porém, negaram que a desconfiança tenha sido motiva por racismo.

Apesar de a publicação ter sido relacionada a racismo, o caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) como agressão física e ameaça. De acordo com a Polícia Civil, o jovem compareceu na delegacia e relatou que foi agredido e ameaçado por populares.

“A vítima, que estava com hematomas na região da cabeça e cortes superficiais, foi socorrida por um mototaxista que passava pelo local, e o levou até o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, bairro Compensa, zona oeste da capital, onde recebeu atendimento médico”, disse a polícia.

Segundo o delegado Aldeney Goes, titular do 19º DIP, um Inquérito Policial (IP) foi instaurado para investigar o caso.

Despreparo

Sobre o registro que não foi feito como agressão em decorrência do racismo, o tio do jovem disse que os profissionais de segurança não estão preparados para receber este tipo de ocorrência.

“Na delegacia um funcionário teve a audácia de falar que não se tratava de um crime de racismo. Como pode uma cidade tão miscigenada como a nossa existir racismo? Comecemos por educar nossos profissionais da Segurança Pública, demonstrar a atuação estatal efetiva na base educacional das pessoas e na melhoria de vida de todos, para evitar inclusive a reação irracional desses “justiceiros”, que na verdade tratam de covardes sem noção!”, finalizou ele na publicação.

Redação 2

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