Julio Cesar garante ouro inédito no atletismo nas Paralimpíadas de Paris e quebra recorde mundial
Redação 2 30/08/2024 0 COMMENTS
Brasil brilha nas Paralimpíadas de Paris: Ouro e recorde mundial
No segundo dia das Paralimpíadas de Paris, o Brasil celebrou mais um triunfo no atletismo, o esporte que mais tem trazido medalhas para o país. Julio Cesar dominou praticamente toda a corrida dos 5000m da classe T11, conquistando a medalha de ouro. Além disso, ele não apenas venceu, mas também quebrou o recorde mundial com o tempo impressionante de 14min48s85. Em um resultado brilhante para o Brasil, Yeltsin Jacques garantiu o bronze, completando uma dobradinha emocionante no pódio.
Julio Cesar, em uma demonstração de preparo físico excepcional, iniciou a prova com um ritmo controlado. No entanto, ele logo ganhou velocidade, assumindo a liderança. A três voltas do fim, sua vantagem aumentou ainda mais. Mantendo um ritmo constante, ele cruzou a linha de chegada quebrando o recorde mundial, que pertencia a Yeltsin Jacques.
“Obrigado a todos pelo carinho. Para mim, é uma emoção muito grande. Isso mostra o poder que a gente que saiu da periferia tem. Quando comecei a correr, só tinha um campinho de futebol e a minha determinação. Com muita força de vontade cheguei aqui. Não tive força nenhuma da minha cidade. Espero que agora eles arrumem aquele campinho. Não quero repercussão para mim, e sim fazer a diferença para o meu bairro e para a sociedade. É muito importante ter o esporte na nossa cidade, no nosso bairro. Que essa medalha seja para aquelas crianças. É possível sofrer com tantas dificuldades na vida e ser campeão paralímpico. Isso mostra o quanto o periférico sabe que sua hora vai chegar”, disse o campeão olímpico e recordista mundial.
Yeltsin Jacques, que voltou de uma lesão recente, não conseguiu manter o mesmo ritmo de competições anteriores. Ainda assim, ele garantiu o bronze com uma marca significativa de 14min52s61. O japonês Kenya Karasawa ficou com a prata, registrando 14min51s48.
“Obrigado a todo o Brasil que levantou de madrugada e torceu por mim e pelo Julio. Muito feliz que o Julio bateu o recorde. Dentro do que eu passei, voltando de uma lesão grave, ainda peguei uma virose nos últimos dias, eu e minha família sabemos o quanto foi duro. Queríamos o ouro, mas a sensação é de missão cumprida. Fizemos do limão uma limonada e conseguimos uma marca excelente e uma medalha para o Brasil”, afirmou o medalhista de bronze após a prova.
Julio Cesar Agripino, natural de Diadema, São Paulo, foi diagnosticado com ceratocone, uma doença degenerativa na córnea, ainda aos sete anos. Ele inicialmente competia no atletismo convencional e migrou para a equipe paralímpica através dos treinadores do Centro Olímpico. Competindo na classe T11, destinada a atletas com deficiência visual, Julio já conquistou diversas medalhas: ouro nos 1.500m e prata nos 5.000m no Mundial de Kobe 2024, além de ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
*Com informações do Globo Esporte*
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