Rio Solimões atinge seca histórica em 2023 em Manacapuru, no Amazonas. Foto feita em 18 de outubro de 2023 — Foto: Adauto Silva/Rede AmazônicaNível do Rio Solimões em Manacapuru atinge o mais baixo em 55 anos
A cidade de Manacapuru, no estado do Amazonas, está enfrentando uma seca recorde. O Rio Solimões atingiu o nível mais baixo registrado em 55 anos, superando a marca de 2010. Segundo informações divulgadas pelo Serviço Geológico Brasileiro (SGB), nesta quarta-feira (18), o rio registrou uma diminuição de 9 cm, chegando a 3,70 metros.
Essa é a pior seca já registrada em Manacapuru desde 1968, quando o nível do Rio Solimões começou a ser monitorado na cidade. Anteriormente, o recorde tinha sido registrado em 2010, com o rio atingindo a marca de 3,92 metros na orla da cidade.
O Rio Solimões é uma das principais bacias do Amazonas, banhando 24 cidades do estado. Todas elas estão em situação de emergência devido à seca histórica de 2023. A situação é especialmente crítica em Tabatinga, localizada no Alto Solimões, onde o rio está em -0,50. Por estar próxima da nascente do Solimões, que fica no Peru, a cidade já apresenta sinais de subida das águas.
Essa subida pode afetar outras regiões, incluindo o Rio Negro, que recebe 70% da água do Solimões e também registrou a pior seca em 121 anos. No entanto, especialistas apontam que os reflexos só serão sentidos em novembro.
Em Manaus, a capital do estado do Amazonas, o Rio Negro também enfrenta uma seca histórica. Na segunda-feira, o rio atingiu o nível mais baixo em 121 anos de medição, chegando a 13,59 metros no Porto de Manaus. Atualmente, o nível está em 13,38 metros.
Essa seca prolongada está trazendo grandes desafios para as regiões afetadas, com consequências diretas para a população e o meio ambiente. Autoridades locais estão tomando medidas para amenizar os impactos e garantir o abastecimento de água e outros recursos essenciais. A situação mostra a urgência de ações para enfrentar as mudanças climáticas e preservar os recursos naturais da região amazônica.
