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22/02/2025
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“Não crio filho para ser bandido, para ganhar a vida vendendo droga”, disse Geraldo Moreira Bastos, um homem que se diz humilde e simples, mas que sempre deu o que o filho, um adolescente de 14 anos, precisava. Por isso, ele o entregou para a Polícia Militar no último domingo (17), ao descobrir uma sacola com 13 papelotes de cocaína embaixo do colchão da cama. O caso aconteceu em Carmo do Cajuru, Minas Gerais.

“Não tive outra alternativa. Ia fazer o quê, esperar que ele se afundasse ainda mais nessa sujeira? Aprendi que tudo o que um homem fizer, seja coisa boa ou ruim, ele tem que assumir. Vai ser assim com ele também”, explicou Geraldo, falando sobre sua decisão. “Fiz isso para o bem dele. Não podia deixar que ele entrasse para este mundo do crime sem fazer nada”.

O homem já desconfiava que o filho estava fazendo coisas erradas desde janeiro deste ano e passou a observá-lo ainda mais. Notou que ele começou a andar com “más” companhias e agir diferente com os familiares.

A suspeita aumentou ao encontrar, há duas semanas, uma balança de precisão no quarto do garoto. “Ele disse que era de um conhecido que tinha pedido para ele guardar. Só que eu sentia que não era só isso. Desconfiava de que tinham outras coisas além disso”, explicou o pai.

No último domingo a suspeita se confirmou quando Geraldo resolveu vasculhar o quarto do filho e se deparou com a cocaína. Ele chamou o genro, um vizinho e, assim que o adolescente retornou para casa, foram à polícia.

Em depoimento à PM, o adolescente, que não tinha antecedentes criminais, disse que pegou a droga para vender com um traficante do bairro Nossa Senhora do Carmo, também em Carmo do Cajuru. O menino informou que a cocaína estava avaliada em R$ 700. Destes, o garoto disse que ficaria com 200 reais como pagamento pela venda da droga.

O adolescente e os papelotes de cocaína foram encaminhados para a delegacia de Divinópolis, também na região Centro-Oeste de Minas onde a ocorrência foi registrada. O Conselho Tutelar também foi acionado e o menino está sob os cuidados dos conselheiros.

Bastos diz estar com a consciência “tranquila”. “Faria tudo novamente e quero apenas que aprenda com essa lição para mudar tudo o que está errado na vida dele”.

Redação 2

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