Pesquisadores realizam pintura em antigas gravuras rupestres expostas pela baixa do Rio Negro para realçar seus atributos
redacao 27/10/2023 0 COMMENTSPesquisadores pintam gravuras rupestres milenares reveladas pela seca do Rio Negro em Manaus — Foto: Reprodução/Redes sociais
Pesquisadores geram polêmica ao fazerem intervenções em gravuras rupestres milenares em Manaus
Um grupo de pesquisadores está enfrentando críticas após realizar pinturas nas antigas gravuras rupestres que foram reveladas pela seca histórica deste ano em Manaus. A intenção do grupo era ressaltar os atributos dessas figuras históricas, porém a ação tem sido considerada uma intervenção indevida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Iphan ressaltou que qualquer tipo de intervenção no local requer autorização prévia e informou que já acionou órgãos de fiscalização para evitar danos ao patrimônio histórico. Após a publicação das fotos nas redes sociais, vários internautas criticaram a ação, questionando se o método utilizado era adequado para algo tão antigo e valioso.
O historiador responsável pelas intervenções, Otoni Mesquita, se manifestou pedindo desculpas e explicando que utilizou argila natural para o procedimento. Ele também ressaltou sua formação acadêmica em jornalismo, gravura e história da arte, justificando sua paixão pelo patrimônio cultural da região.
Mesquita afirmou que pretendia registrar as gravuras de forma mais visível, utilizando recursos técnicos para ressaltar seus atributos. Ele utilizou pincel e argila branca natural, destacando que esse método é comumente utilizado em intervenções arqueológicas para evidenciar incisões. O procedimento foi realizado de forma cuidadosa, sem causar danos às obras.
O pesquisador mencionou que recorreu aos conhecimentos adquiridos em sua formação acadêmica e em especializações na área de conservação e restauro, garantindo que o método utilizado não agrediria o patrimônio. Ele utilizou caulim, um produto natural e sem substâncias industriais, depositando-o nas incisões do desenho e removendo-o imediatamente com a água do próprio rio Negro.
Enquanto isso, o Iphan divulgou uma nota informando que está realizando fiscalizações na área do sítio arqueológico e que está providenciando um Plano Emergencial para o local. O instituto ressaltou que qualquer tipo de intervenção requer autorização e que a legislação proíbe a destruição e mutilação de bens arqueológicos.
O caso das intervenções nas gravuras rupestres em Manaus levantou questões sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural. O debate sobre a forma correta de realizar intervenções em sítios arqueológicos e a necessidade de autorização prévia para pesquisas de campo e escavações é fundamental para garantir a proteção e valorização desse importante legado do passado.
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