PF apura fraudes na merenda escolar durante gestão de Arthur Neto em Manaus
Redação 2 25/02/2025 0 COMMENTS
Operação Sem Sabor: Polícia Federal Desarticula Esquema Criminoso em Manaus
Manaus – Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sem Sabor, com o objetivo de desmantelar um esquema criminoso de 2020, durante a gestão do ex-prefeito Arthur Neto. O esquema favorecia irregularmente uma empresa sem capacidade operacional na aquisição de kits de merenda escolar para Manaus. A ação revelou fraudes em licitações e desvios de recursos públicos milionários, envolvendo servidores, empresários e intermediários.
A operação, que contou com o apoio de 30 policiais federais, realiza seis mandados de busca e apreensão em condomínios de luxo e sedes de empresas na capital amazonense, todos autorizados pela Justiça Federal. As investigações, iniciadas após uma ação popular e auditorias do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), indicaram que a empresa contratada em 2020 foi favorecida por uma dispensa de licitação manipulada, mesmo sem experiência no fornecimento de alimentos e sem estrutura adequada – sua sede era até então desconhecida.
Detalhes da Operação
Em nota, a PF destaca que o esquema sob a administração de Arthur Neto incluiu superfaturamento, direcionamento de contratos e repasses suspeitos. A análise bancária mostrou que parte do dinheiro pago pela Prefeitura de Manaus foi rapidamente transferida para uma empresa concorrente, sugerindo uma rede coordenada de corrupção. As conexões empresariais entre os envolvidos reforçam a ideia de um conluio premeditado.
A operação se fortaleceu com a descoberta de que a fornecedora escolhida não atendia aos requisitos básicos para o serviço, levantando suspeitas sobre a seleção em um processo que deveria garantir alimentação escolar de qualidade às crianças da rede pública.
As buscas desta manhã focam na coleta de provas que esclareçam o funcionamento do esquema, como documentos, contratos e registros financeiros. Os investigados podem responder por crimes como fraude à licitação, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que, somadas, podem ultrapassar 25 anos de prisão. A PF promete divulgar mais detalhes ao longo do dia.
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