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Rio Negro — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Rio Negro continua descendo em Manaus após pior seca em 121 anos

O Rio Negro, após enfrentar sua pior seca em mais de um século, ainda está com seu nível baixando em Manaus. Desde o último domingo, o nível das águas está abaixo dos 13 metros no Porto de Manaus, onde a medição é feita diariamente.

No domingo, registrou-se um nível de 12,99 metros, o que já é considerado extremamente baixo. Na segunda-feira, o nível caiu ainda mais, chegando a 12,89 metros. Isso marca a primeira vez, em 121 anos de medição, que o nível das águas chega a apenas 12 metros.

A seca histórica do Rio Negro ocorreu há uma semana, no dia 16 de outubro, quando o rio atingiu seu menor nível registrado, com apenas 13,59 metros. Nos dias seguintes, o rio continuou a baixar, porém em um ritmo mais lento, com uma média de queda de 10 centímetros por dia.

De acordo com Jussara Cury, pesquisadora do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), antigo CPRM, o nível do Rio Negro deve continuar a baixar em Manaus, embora a estiagem já tenha encerrado na calha do Rio Solimões.

O Rio Negro depende da subida das águas no Peru e na tríplice fronteira, onde está localizada a cidade de Tabatinga. Influenciado pelas águas do Rio Solimões, é necessário que a subida das águas ocorra também nessas regiões para que o nível do Rio Negro volte ao normal.

No entanto, ainda não ocorreram chuvas distribuídas ao longo da bacia do Solimões, o que é essencial para que a estiagem chegue ao fim e inicie a cheia. Segundo as análises da pesquisadora, essa distribuição das águas ao longo da bacia vai levar um certo tempo devido aos baixos níveis dos rios no momento.

Os efeitos da seca em Manaus são visíveis, principalmente na orla da cidade. Bairros como Centro, Educandos e São Raimundo ficaram distantes do Rio Negro, que se afastou da cidade. Além disso, a praia da Ponta Negra está interditada para o banho desde o dia 2 de outubro, devido aos perigos causados pela diminuição do nível das águas.

Outra região afetada pela seca é a Marina do Davi, que contribui para ligar Manaus a diversas comunidades do Rio Negro. Parte da marina secou, e pequenas pontes foram construídas para facilitar o acesso às embarcações.

Na Zona Leste da cidade, dois lagos, o Lago Mauá e o Lago do Aleixo, secaram completamente. Comunidades que dependiam dessas águas para suas atividades estão agora isoladas e enfrentam dificuldades de locomoção e acesso a água potável. A pesca e o turismo comunitário também foram afetados drasticamente.

Essa seca severa não atinge somente Manaus, mas também a maior parte do Amazonas. Dos 62 municípios do estado, 59 estão em situação de emergência, incluindo a capital. A situação já afetou mais de 630 mil pessoas. A esperança agora é que as chuvas cheguem a essas regiões afetadas, possibilitando uma estabilização e um retorno à normalidade.

Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/10/23/rio-negro-continua-descendo-e-fica-abaixo-dos-13-metros-em-manaus.ghtml

redacao

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