Suspeita é detida no Amazonas por envolvimento na morte do sobrinho de 2 anos em caso de tortura
redacao 27/10/2023 0 COMMENTSDelegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) em Manaus. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM
Mulher é presa pela morte e tortura do próprio sobrinho de 2 anos em Manaus
Na última quarta-feira (25), a Polícia Civil do Amazonas prendeu uma mulher de 20 anos pelo crime de tortura e morte do próprio sobrinho, uma criança de apenas 2 anos. A prisão ocorreu no bairro Nossa Senhora das Graças, na Zona Centro-Sul de Manaus. Vale ressaltar que o marido da suspeita também já havia sido preso por sua participação no crime.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, na manhã desta quinta-feira (26), a fim de concluir o Inquérito Policial, foi realizada uma acareação no sistema prisional entre os dois suspeitos. Durante o confronto, ambos colocaram a culpa um no outro.
Segundo a delegada, não há dúvidas de que os dois perpetraram as agressões contra a vítima em algum momento. O laudo de necropsia da criança revelou diversas lesões corporais, tanto antigas quanto recentes, além de uma isquemia cerebral. Isso indica que a criança foi constantemente maltratada ao longo dos três meses em que conviveu com o casal.
A delegada revelou que, inicialmente, foi solicitada a prisão temporária de ambos os envolvidos. No entanto, somente o homem teve a sua prisão deferida pelo Poder Judiciário, sendo capturado pelos policiais civis da Depca no dia 9 de outubro. Porém, a prisão temporária da mulher também foi solicitada para que pudesse ser realizada a confrontação dos suspeitos e apurar todas as circunstâncias do crime, o que só foi possível ontem.
Após o término do prazo das prisões temporárias, o inquérito será entregue ao Ministério Público do Amazonas (MPAM) para análise e para que os responsáveis pelo ato criminoso sejam devidamente responsabilizados.
A delegada também informou que, em depoimento, a suspeita admitiu ter deixado marcas de unha na vítima após ter agarrado seu pescoço na tentativa de esganá-lo. No entanto, ela atribui a culpa das agressões ao companheiro.
Por sua vez, o marido nega qualquer tipo de agressão e coloca a responsabilidade total na mulher. Ele afirma ter visto frequentemente marcas e hematomas na criança, mas nunca presenciou as agressões e sabia que quem as cometia era sua esposa.
Ambos confirmaram que a criança nunca recebeu atendimento médico, apesar das constantes agressões. Eles alegaram que um dos motivos para isso seria o fato de a vítima não possuir documentos.
A delegada destacou a total desestruturação familiar da criança, enfatizando a negligência presente em todos os setores da família. A mãe da criança também foi ouvida e revelou ser usuária de drogas desde os 12 anos, não demonstrando nenhum sentimento em relação à perda do filho.
Agora, a dupla será acusada de tortura com resultado em morte e aguardará o desenrolar do processo judicial.
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