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23/11/2024
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Manaus – Uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), na manhã desta segunda-feira (26), resultou na prisão da diretora financeira do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, Júlia Marquês. Ela é acusada de participar de um esquema criminoso envolvendo fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro, que teria causado um prejuízo estimado em R$ 2 milhões aos cofres públicos. A operação, denominada “Jogada Ensaiada” e coordenada pela 70ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção do Patrimônio Público, também resultou na prisão de Henrique Barbosa, presidente do Atlético Amazonense, e sua companheira Júlia Marquês, além da servidora Querciane Alves, gerente financeira do hospital. As investigações revelaram que o esquema foi descoberto a partir de uma apuração sobre manipulação de resultados no futebol amazonense, envolvendo o presidente do clube. De acordo com as informações levantadas, o esquema envolvia o favorecimento de uma empresa na contratação de serviços de agentes de portaria para o Hospital Público localizado em Manaus. Detectou-se um sobrepreço na contratação, resultando em um prejuízo significativo aos cofres públicos no valor de R$ 2 milhões. Além disso, os gestores da unidade hospitalar teriam recebido repasses financeiros por meio da intermediação de uma empresa de gestão esportiva, relacionada ao time presidido por Henrique Barbosa. A investigação busca desarticular o esquema criminoso, que envolve agentes públicos e empresários. O Ministério Público do Amazonas informou que dará mais informações sobre a operação “Jogada Ensaiada” em breve, revelando detalhes adicionais sobre as prisões realizadas e os desdobramentos do caso. Já havia sido afastado Em outubro de 2022, o Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM) baniu Henrique Barbosa, presidente do Atlético Amazonense, de qualquer atividade do futebol após acusação de manipulação de uma partida. O julgamento se deu por conta do polêmico lance em que o volante Júlio Campos marcou um gol contra pelo Atlético Amazonense na Série B do Campeonato Estadual. O banimento acabou sendo revertido após Barbosa recorrer. No julgamento, a suspensão por 840 dias e a multa em R$ 50 mil foi baseada no Código Brasileiro de Justiça Desportiva, nos artigos 243, 243 A e B. Em outubro, julgado em segunda instância pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas, Henrique foi banido do futebol por conta de suspeitas de manipulação de resultados na Série B do Campeonato Amazonense. Entenda No dia 4 de setembro, em jogo válido pela sétima rodada da Série B do Campeonato Amazonense, Júlio Campos pegou a bola e chutou contra o próprio gol de propósito, aos 44 minutos do segundo tempo. A equipe, que já perdia por 3 a 1, acabou derrotada por 4 a 1 pelo Sul América.

Fonte: Portal CM7

Redação 2

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